Sérgio Moro não engoliu o aval dado por Bolsonaro a criação do juiz de garantias, segundo seus seguidores a traição do chefe foi uma dura facada no ministro, mas parece que o ministro já possui uma carta na manga, isso por que o PODEMOS, partido do senador Alvaro Dias, aquele que Moro blindou na lava Jato e que sonha com a filiação futura do próprio Moro e Dallagnol, baterá às portas do supremo tribunal, para questionar a emenda do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) ao pacote anticrime do ministro Sérgio Moro que criou a figura do juiz das garantias e foi sancionada por Bolsonaro.
A oposição ao governo no Congresso comemorou a atitude de bom senso do presidente Bolsonaro, duas coisas raras de acontecer, uma o presidente ter bom senso e a segunda a oposição concordar com algo que venha desse desgoverno.
A criação do juiz das garantias tenta inibir ações de ilegalidades dentro do processo e por fim a prática de politicagem no mesmo, como aconteceu durante toda a lava jato, caso existisse a tal figura Sérgio Moro não teria cometido tantos devaneios e possivelmente hoje não teríamos a corrupção entranhada dentro dos porões da lava jato, onde o atual ministro da justiça fechou os olhos para os delitos dos procuradores e foi o grande articulador de um conluio contra o ex-presidente Lula.
O juiz das garantias tão demonizado pelo ministro da justiça na teoria é o garantidor de que o processo está correndo dentro da legalidade, é evidente que dependendo de como tal se comportará dentro do processo poderemos ter dois juízes parciais agindo dentro da ilegalidade, coisa que já vemos no TRF-4
Com a repercussão negativa dentro da própria base do governo, Bolsonaro correu ao Facebook para dar explicações tão logo a hashtag Bolsonaro traidor foi para as alturas no Twitter. “Nem sempre posso dizer não ao Parlamento”, desculpou-se.
Bolsonaro jogou outra vez jogou a culpa no Congresso e deixou furiosos os senadores que acreditaram na conversa de que ele vetaria o juiz das garantias.
Foi na Câmara que se acrescentou ao pacote anticrime de Moro a tal figura. Para apressar a aprovação do pacote no Senado, o líder do governo ali, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), e o próprio Sérgio Moro garantiram que Bolsonaro vetaria ponto tão controverso. Bolsonaro passou-lhes a perna e talvez para salvar a pele do próprio filho sancionou o juiz de garantias, se foi ou não para isso, é o que menos importa, o importante é que dessa vez o presidente usou do bom senso e tenta com isso frear os devaneios políticos do judiciário.
Texto: Pedro Oliveira e Ana Fernandes
Edição: Ana Fernandes
Informações: Revista Veja
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