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CADÊ A INVESTIGAÇÃO? CARLOS BOLSONARO EMPREGAVA FUNCIONÁRIOS FANTASMAS.

Enquanto o MP-RJ se debruça e vasculha a vida do senador Flávio Bolsonaro (sem partido) outro membro da família Bolsonaro continua sem ser investigado mesmo com grandes indícios de falcatruas e de ter empregados fantasmas em seu gabinete, não há sequer um inquérito em andamento para apurar os indícios de irregularidades no gabinete do filho do presidente.   



Em 04/08/2019  o Jornal o Globo revelou Mapeamento feito pelo jornal durante três meses em diários oficiais e com uso da Lei de Acesso à Informação sobre todos os assessores parlamentares da família Bolsonaro identificou 286 pessoas nomeadas nos gabinetes desde 1991. Dessas, após um cruzamento de informações de bancos de dados públicos e redes sociais, a reportagem identificou que ao menos 102 têm algum parentesco ou relação familiar entre si, fazendo parte de 32 famílias diferentes. O número representa 35% do total dos funcionários indicados no período. A prática, na Assembleia Legislativa (Alerj), de “rachadinha”  apropriação de parte do salário dos funcionários, é um esquema antigo montado ao longo de anos e sempre esteve presente nos mandatos da família Bolsonaro, isso levando em consideração a forma como o MP-RJ conduz as investigações  contra o senador Flávio Bolsonaro.

O gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores foi refúgio de muitos empregados fantasmas e parentes da família ao longo desses anos, o levantamento aponta que não foi somente o vereador, mas sim todos os Bolsonaros, mas é no seu gabinete onde muitas das irregularidades estão abrigadas, vamos começar apontando um militar de confiança que teve parte da família empregada. 

Desde 2001, o sargento da reserva do Exército Edir Barbosa Góes conseguiu cargos para a esposa Neula, a irmã Nadir e os dois filhos, Rodrigo e Rafael.

Na época a reportagem do O Globo  falou com um dos funcionários identificado como Rafael, que é nutricionista, e questionou se havia trabalhado na Câmara Municipal. Ele disse que “não”. Dias depois, confrontado outra vez com a informação, disse que “estava na correria” e mandou a reportagem falar com o atual chefe de gabinete, Jorge Fernandes. Procurado, Fernandes não deu retorno. O salário bruto médio real de Rafael no período da Câmara foi de R$ 6,7 mil.

Em abril desse ano, o jornal “Folha de São Paulo” já havia revelado que Nadir, mesmo nomeada no gabinete de Carlos entre 2008 e janeiro deste ano, disse que jamais trabalhara para o vereador.

Ainda no gabinete de Carlos contou ainda com as funcionárias Diva da Cruz Martins e a filha Andrea. A primeira esteve lotada entre fevereiro de 2003 e agosto de 2005 e a segunda, de 2005 até fevereiro deste ano. Em novembro de 2013, no entanto, quando Andrea deu entrada nos papéis de seu casamento no cartório de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ela identificou-se como “babá”.

Já Diva, ao ser questionada pelo GLOBO se tinha trabalhado na Câmara, negou:

Não. Nunca.

Ao ser informada que seu nome constava entre os assessores, reagiu com ironia:

Que bom que aparece (o nome) — finalizou, entrando em casa.

O salário bruto médio real de Diva no período foi de R$ 9 mil e o de Andrea, R$ 10,7 mil.




Uma das funcionárias mais antigas do gabinete de Carlos não é conhecida no local de trabalho. Nomeada no dia 1º de abril de 2001, Regina Célia Sobral Fernandes, esposa de Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do vereador, foi procurada por O GLOBO na Câmara. Um funcionário afirmou não conhecer nenhuma Regina que trabalhasse no local. Procurada diretamente pelo telefone, ela se esquivou dos questionamentos duas vezes e encerrou a ligação. O salário bruto médio real dela desde 2001 é de R$ 7,4 mil.

Antes de ser nomeado no gabinete de Carlos, o marido de Regina trabalhava como assessor de Jair Bolsonaro, em Brasília. No gabinete do então deputado federal, o atual chefe de gabinete de Carlos foi nomeado junto com outros dois familiares: o cunhado, Carlos Alberto Sobral Fernandes (de 1995 a 1997) e a ex-cunhada Maria Janice Andrade Franco, que ficou lotada de 1991 até setembro de 2000.


A Revista “Época” revelou, em junho, que Marta da Silva Valle, cunhada de Ana Cristina Siqueira Valle, sempre morou em Juiz de Fora (MG), mas esteve lotada no gabinete de Carlos, entre 2001 e 2009. Procurada, ela admitiu que nunca trabalhou para Carlos Bolsonaro.

"Não trabalhei em nenhum gabinete, não. Minha família lá que trabalhou, mas eu não disse Marta".

Após fazer o levantamento que apontou a contratação pela família Bolsonaro, ao longo de 28 anos, de 102 pessoas com algum tipo de laço familiar para seus gabinetes no Legislativo, O GLOBO procurou o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) para comentar os critérios de contratação, a nomeação de familiares e as funções de alguns de seus assessores.

Em resposta à reportagem, o  vereador Carlos Bolsonaro  foi procurado, por meio de sua assessoria, desde a semana passada, mas não respondeu.

Carlos foi questionado sobre as funções de alguns ex-assessores, como a babá Andrea Cristina da Cruz Martins e sua mãe, Diva da Cruz Martins, membros da família Barbosa Góes e Regina Sobral Fernandes, mulher do atual chefe de gabinete do vereador, Jorge Luiz Fernandes. Além disso, a reportagem questionou Carlos sobre o motivo pelo qual seu chefe de gabinete entre 2008 e 2017, Guilherme de Siqueira Hudson, sequer tinha crachá da Câmara.

Leia a reportagem completa do o Globo clicando Aqui.

Leia também:  MENSAGENS DE QUEIROZ REVELA QUE BOLSONARO TEMIA A DESCOBERTA DE ELO COM MILICIANOS.

Texto: Juliana Dal Piva, Juliana Castro, Rayanderson Guerra, Pedro Capetti, Marlen Couto, Bernardo Mello e João Paulo Saconi e adaptado por Pedro Oliveira

Edição: Pedro Oliveira

Informações: Jornal O Globo

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