MINISTRA DO TST IMPÕE MULTA ABUSIVA PARA BARRAR GREVE DOS PETROLEIROS.

A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho, aumentou para R$ 2 milhões por dia a  multa para entidades de petroleiros que determinaram paralisação de atividades, segundo a ministra é uma forma de  barrar a desobediência da decisão que proíbe a greve dos petroleiros. 

A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho, aumentou para R$ 2 milhões por dia a  multa. 

Ela atendeu parcialmente o pedido da União, que queria aumentar a multa para R$ 5 milhões por dia, para nós é uma retaliação ao movimento legítimo de direito de greve, o TST assim atende ao interesse do capital estrangeiro.

O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros. As multas diárias de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento.

O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência.

Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. O TST Jamais impôs aos empresários uma multa dessa magnitude,  é triste ver um tribunal que deveria defender os trabalhadores dar as mãos aqueles que atualmente entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores.

Petroleiros estão sendo obrigados a recuar, mas isso não representa uma trégua aos entreguistas.

A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria.

O TST joga pelo ralo sua história de lutas ao lado dos trabalhadores para unir-se a entreguista, que a cada dia aumentam o preço do gás de cozinha, que passa a faltar na casa da família pobre brasileira, a gestão de Pedro Parente a frente da Petrobras já aumentou a gasolina 230 vezes, destrói a produção da estatal entregando o pré-sal a multinacionais concorrente da petrobras no mercado internacional, a politica de equiparação com o preço do dólar maltrata e castiga o povo pobre desse país, o sucateamento de refinarias para atender aos interesses da Shell, Esso, Chevron e Exxon, mostra o total desrespeito com o patrimônio publico e com o povo brasileiro.

Pedro Parente zomba do povo e impõe novo aumento nos preços da gasolina

É fácil para uma ministra que não recebe salário mínimo, mas sim faz parte da casta intocável do judiciário, que provavelmente não sabe o preço do gás de cozinha, que tem carro a disposição com gasolina paga pelo contribuinte, que dificilmente paga um aluguel, pelo contrário deve receber auxílio moradia, aplicar uma multa dessa expressão a uma categoria, que simplesmente queria a redução de preços de combustíveis, a greve dos petroleiros jamais ameaçou criar um desabastecimento, os petroleiros jamais cogitaram em pedir aumento de salários, apenas desejavam o mesmo que todos os cidadãos, a queda de Pedro Parente a frente da maior estatal brasileira, é pena que a ministra assim não o entenda.       

Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada.

Estamos diante de mais um desdobramento do golpe que fragiliza cada vez mais as instituições e o Estado Democrático de Direito. O enfrentamento é de classe e precisa da união de toda a sociedade.

Texto: Selena Martines 

Informações: Federação Única dos Petroleiros e Conjur

Edição: Pedro Oliveira