Uma onda de movimentos separatistas se espalha pelo país,
desde que se assolou a crise politica e econômica no Brasil, conversamos com
representantes de diversos movimentos onde todos são categóricos na critica
sobre o Brasil, o grande problema apontados por todos é a divergência
ideológica e a guerra de egos entre os movimentos, isso custa unidade e
organização para que a ideia ganhe força, analisa Karine Fernandes, líder em exercício do movimento nordeste
minha nação.
Até pouco tempo
atrás falar de separatismo no Brasil seria falar do movimento Sul é País, ou
ainda do nordeste independente, nomes de peso como Celso Deucher, Jaques
Ribemboim, hoje não estão sozinhos o nome Pedro Oliveira já é associado a luta
separatista no Nordeste, talvez hoje ele seja a figura mais conhecida na região
quando se fala de separatismo, mas existem outro movimentos e O esquilo
Politico, contou com sua colaboração para enviar um questionário padrão para representantes de alguns movimentos e baseados
em suas respostas fizemos essa matéria.
Esquilo Politico procurou saber como pensam algumas
lideranças separatistas de outros movimentos menores, como já estamos
entrevistando Pedro Oliveira para outras matérias, Karine Fernandes falou pelo Movimento Nordeste Minha Nação, até
por que Pedro Oliveira pediu afastamento temporário do movimento para se
dedicar a apoiar o PT nas eleições desse ano, dentre os entrevistados
conseguimos falar com Kia Jacobian fundador do movimento República Federativa
da Bahia, Nikolas Axel do Movimento Amazônia independente, Túlio Lopes do
Movimento Maranhão Pátria livre, não retornaram aos nossos contatos os membros
da Frente Libertaria Nordeste Livre, Nordeste independente e do movimento
confederação do novo Equador.
Nossa primeira pergunta foi As pessoas tendem a não
apoiar esse tipo de causa, pois algumas dúvidas são normais, tipo como ficará
sua aposentadoria, salário, acesso a educação, saúde, segurança e justiça, que
tipo de planejamento vocês tem para evitar essa dúvida e ganhar apoio da
sociedade?
Para Kia Jacobian, representante do movimento republica
federativa da grande Bahia, Muitas Pessoas tendem mesmo a se perguntar qual é o
futuro daqui pra frente já que a unidade Nacional foi alterada, pois bem é
certo que será um caminho longo e difícil até a reorganização governamental
tanto na criação de uma nova constituição como no funcionamento da ordem
pública é certo que as questões como aposentadoria e outras questões serão
mantidas com uma nova realidade desse novo Estado Nacional, para Karine Fernandes a
questão é muito complexa e tende a ser longamente debatida com a sociedade,
para se costurar um grande acordo nacional, mas que a falta de unidade entre os
movimentos leva a sociedade a não entender nada. Tanto Karine Fernandes quanto Kia Jacobian concordam que a organização do que já era constituído
EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA deverão continuar como dever do estado, mas precisam
de um aperfeiçoamento com um grande plano nacional conforme as necessidades de
cada cidade, e que a segurança
pública tira o sono dos cidadãos, para Jacobian segurança pública esse é o principal alvo de
divulgação de seu movimento, Tulio Lopes sabemos que o apoio da população não
vira do dia pra noite, todo projeto deve ser feito a longo prazo, nosso ponto
de partida para convencer o maranhense e a identificação cultural de nosso
povo, e o ponto mais importante de nosso debate.
Outro assunto tratado nessa entrevista com os
representantes foi o estado mínimo e modelo econômico, para Karine Fernandes o
estado tem de está onde for necessário somente dessa forma é possível ver o
dinheiro do contribuinte sendo aplicado, já Kia Jacobian estado Mínimo Ganhou
Força com a Ascensão Econômica do Chile e do boom Financeiro de Singapura,
segundo ele entende que a cobrança de impostos que temos hoje no Brasil é
absurda, Mas se faz necessária a sua cobrança para o funcionamento da ordem
pública, ainda dentro de seu raciocino, Jacobian afirma que a falta de
equilíbrio entre Imposto x Contas do Governo é o que interfere diretamente no custo de vida
do cidadão com renda mais baixa é isso que faz essa ideia somar tantos
seguidores, no movimento como a insatisfação da sociedade quando se fala do
governo, Túlio Lopes afirma que claro
que temos uma plataforma do projeto com todos os tópicos onde foi amplamente
discutido de acordo com que achamos necessário defender para uma nação livre e
forte, mas não adiantou seu projeto.
Questionados sobre quais motivos vocês defendem a separação do Brasil?
Para Nikolas Axel do movimento Amazônia independente, a
crise política brasileira favorece em parte as ideias emancipacionistas, mas
ressaltam que causa emancipacionista não
pode ser construída somente em cima da desesperança do povo, Jacobian diz que acredita que a incapacidade
de governabilidade e Credibilidade nas Três
Ordens Publicas ( Executivo, Legislativo & Judiciário) do Estado
Brasileiro e que essas questões
necessitam ações rápidas, para Karine Fernandes a questão é que o nordeste é
esquecido e descriminado pelo restante do país, sendo assim não faz sentido se
manter numa federação que não representa a vontade de sua região, Túlio Lopes
ressalta que o Maranhão Pátria Livre,
nasceu com o intuito de defender as raízes do povo maranhense, que é riquíssima e diferente dos
outros povos que existem no território brasileiro, para ele é justamente a identificação cultural que faz um
povo diferente do outro e isso e suficiente para pedirmos a autodeterminação
dos povos.
Da esquerda pra Direita, Karine Fernandes (a única mulher a liderar um movimento separatista), Túlio Lopes e Kia Jacobian |
Perguntamos o que a sociedade pode esperar dessas novas
nações como países?
Para Jacobian a questão é o combate a problemas sociais e
socioeconômico no estado, para ele, apesar da Bahia ter a quarta maior
população e ser o sexto estado em termos
de PIB Nacional, a taxa de desenvolvimento humano é muito baixo no Estado
consequentemente refletido nas cidades a um atraso enorme de todas as grandes
cidades em saneamento básico, habitação, Escolas, Hospitais e também em módulos
de segurança. Que quando não inexistente
estão sucateados, para Karine Fernandes o
combate a criminalidade e a corrupção serão fundamentais para se criar uma
nação com justiça e liberdade, Segundo Túlio Lopes a sociedade maranhense pode
esperar , primeiramente leis mais duras, um pais com leis mais duras, o
corruptor dificilmente ira se corromper, para haver cumprimento das leis e necessário
fiscalização rigorosa, Tulio defende a desburocratização do estado, tornando o cidadão
mais livre para investir, já Nikolas adiantou que não poderia dar detalhes
sobre como faremos isso, porque tudo vai depender da conjuntura e das forças
políticas.
Sobre a corrupção no Brasil e como numa eventual
separação seria possível evitar que tal tragédia se repita?
Os representantes do movimento não divergem muito, para Túlio Lopes a corrupção no Brasil tomou
tal proporções devido a frouxidão das leis e a falta de fiscalização, dando a sensação
de impunidade, defende que com a
independência do Maranhão seria dada uma resposta positiva e corruptos não
teriam vez, o ativista Jacobian defende
que o combate contra a Corrupção será feito Através de Um Reforma Política
aonde será instruída claramente o repúdio total a política das costas quentes,
e que o ideal seria acabar com o famoso foro privilegiado e abertura para que qualquer
área do judiciário possa investigar livremente todas as denúncias e sem a
necessidade de ir a uma estância superior por se tratar de alguém do Alto
Escalão político, para Karine Fernandes a questão da corrupção se tornou praticamente
uma cultura no Brasil e que o brasileiro é corrupto sem que perceba tal ato,
para ela a corrupção é inaceitável certos privilégios, como o fato de um juiz
receber auxilio moradia mesmo tendo apartamento isso é uma corrupção
legalizada, afirma Karine Fernandes, para Nikolas Tem que se considerar sempre o processo de
formação da América portuguesa. A corrupção faz parte de uma superestrutura da
sociedade, nosso objetivo também é conduzir uma ruptura com essa estrutura em
busca de uma renovação da sociedade amazônica.
Também perguntamos sobre a autossuficiência e que tipo de
modelo econômico os movimentos planejam para essas novas nações.
Para Jacobian, autossuficiência da Bahia seria
conquistada com o tempo já que a Bahia não possui uma Fonte de combustível o
suficiente para abranger a suas necessidades, Por outro lado em termos de
sustentação alimentícia ele garante que sim, pois a uma grande variedade de
produtos cultiváveis são exportado até pra outros países, Sobre a vertente
política a ser seguida nós do movimento abdicamos totalmente de uma posição
decidimos que depois da secessão a população em voto democrático decidirá que
caminho deve seguir, para Karine Fernandes o
Nordeste já é autossuficiente embora possa não parecer o que faz o nordeste
atrasado é que tudo que vem de investimento para o Brasil levam para o Sul e
Sudeste, no fim ficamos com migalhas, afirma Karine, já Nikolas Axel afirma que
a Amazônia tem 17 milhões de pessoas,
esse número é maior que o de 70% dos países, para ele não passa de
preconceito achar que Amazônia não pode se
sustentar. E em alguns aspectos o Brasil depende da Amazônia, como na produção
de energia, por exemplo, para Túlio Lopes O modelo ideal seria de liberalismo econômico,
um estado onde permite seu cidadão investir e mais rico, claro que iriamos
acabar com a burocracia, ela prejudica o crescimento individual, leis mais
trabalhistas mais claras irão facilitar relação entre patrão/funcionário e a diminuição
da carga tributária também facilitaria, já que vários impostos iriam diminuir
seriam embutidos em um só imposto, o imposto de renda..
Continuaremos a série de reportagem sobre o separatismo
ainda dentro desse mês, pois cremos ser um assunto que não pode ser ignorado e
que esse público pode pesar nas eleições caso os mesmos a boicotem ou mesmo
anulem seus votos, suas decisões podem também pesar num possível apoio a
qualquer candidato, em outras matérias traremos as respostas individuais de
cada um dos entrevistados e os projetos de seus movimentos.
Texto: Selena Martines
Colaboração: Pedro Oliveira, Movimento Nordeste Minha
Nação, movimento Amazônia independente, Movimento Republica federativa da Bahia
e Movimento Maranhão Pátria livre.
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